BLOGGER TEMPLATES AND Gaia Layouts »

16 de jan. de 2010

Inquérito de Michael e suas controvérsias!!!

Sobre o inquérito de Michael Jackson

Por: Andréa Duarte



Estamos sendo bombardeados por uma enxurrada de informações nos últimos dias, relacionadas ao inquérito de Michael Jackson. Algumas notícias são contraditórias e confundem mais do que informam. Normal. Os jornalistas, por mais sérios e dedicados à sua profissão, por mais que se preocupem em transmitir os fatos da forma mais verossímel possível, esbarram, também, no seu natural e compreensível desconhecimento do andamento de um processo.

Então, buscam informações em suas fontes e, no caso de um processo, nos profissionais que atuam nos tribunais. Estes, porém, muitas vezes, transmitem informações incompletas ou que retratam o seu entendimento e são, por isso, subjetivas. Ou, então, nessa passagem de informações, um fala uma coisa, mas se expressa mal, e o outro entende outra coisa.

Enfim, é uma confusão!

Pra tentar entender um pouco o que está acontecendo, temos que ver o seguinte, basicamente:

Existe um inquérito policial. E existe um processo criminal. O primeiro acontece enquanto a polícia está investigando o crime e seu autor. Concluído o inquérito, ele é remetido ao Promotor, para que este, de posse das informações nele contidas, adote duas providências: ou oferece uma denúncia ou devolve o inquérito para complementação.

Então, desde já temos que esclarecer dois pontos que vêm sendo divulgados ultimamente:

1 – o inquérito sobre a “morte” de Michael se encerrou – é essa a informação que a polícia de Los Angeles nos passou. Mas o fato é que o inquérito ainda não foi remetido ao Promotor e ainda não tem data para que seja. Isso é estranho. Em regra, terminado o inquérito, a polícia se apressa em passá-lo ao Promotor, primeiro para encerrar a sua atribuição, definitivamente. Segundo, para se resguardar de possível acusação de negligência.

É estranha essa necessidade de se marcar um dia, em que todos estejam desocupados, para uma simples entrega do inquérito. Mais estranha, ainda, é a necessidade de uma data para que o seu sigilo seja encerrado, como eu já postei, aqui: em outubro, o investigador encarregado, pediu ao Juiz que fosse decretado o sigilo do inquérito até o dia 18 de janeiro. Não entendi a indicação de uma data, em especial. Por isso, já disse que temos duas opções: ou nada acontecerá e a data foi fixada de forma aleatória, ou alguma informação que ainda não veio a público, será divulgada naquela data.

2 – a segunda notícia que temos que analisar é a de que o pessoal da Promotoria afirmou que não ofereceu denúncia. Isso não quer dizer nada. Explico porque: eles apenas não ofereceram denúncia, porque ainda não receberam o inquérito. Nada mais além disso. De forma alguma, eles podem afirmar que não oferecerão essa denúncia. Quando receberem o inquérito, caberá ao Promotor adotar uma das opções que falei lá em cima: ou oferece a denúncia, ou devolve o inquérito e teremos mais longos meses de investigação.

Existe, sim, uma terceira opção, que não mencionei porque acredito que será impossível por agora: o Promotor pode pedir o arquivamento do inquérito.

Por que digo que, por agora, e somente por agora, será impossível pedir o arquivamento? Porque está muito clara a autoria desse “crime”. Embora a polícia, desde o início, tenha excluído Murray da condição de suspeito (o que é uma piada), o Promotor, fatalmente, o incluiria.

Quero chamar a atenção de vocês para dois fatos: o primeiro, o que eu já falei a respeito das tais informações que podem, sim, aparecer no dia 18 e mudar o rumo total do inquérito; o segundo, e mais importante, na minha opinião: o pedido da família de Michael Jackson, de análise dos documentos do inquérito e a sua alegação de que acreditam que havia outra pessoa na casa.

Se essa informação estiver correta, se a notícia for verdadeira, eu sinto cheiro de pizza no ar. É claro: se havia outra pessoa, as investigações serão dirigidas para identificar essa outra pessoa. E Murray será inocentado. Essa notícia me deixou de cabelo em pé. Na minha opinião, é uma preparação para inocentar Murray e é a forma mais eficiente de fazê-lo.

Nesse caso, sim, se não for descoberta essa terceira pessoa, o inquérito poderá ser arquivado.

Outra questão que quero abordar, porque acho importante: a questão da pena. Quando os repórteres dizem que Murray poderá escolher a pena, na verdade, estão tentando transmitir uma informação, mas o estão fazendo da forma incompleta.

Murray pode tentar um acordo com a Promotoria. Mas, repito, apenas se ele se confessar culpado e se o Promotor quiser um acordo.

Não acredito que ele vai se confessar culpado, porque a fala de seu advogado é outra. A tese da defesa, no caso, é de inocência (é risível, mas é).

Enfim, o que quero passar pra vocês é o seguinte: mesmo que esse inquérito seja entregue ao Promotor e oferecida a denúncia (e pode não ser oferecida e ele pode retornar para a polícia a pedido do Promotor), ainda vai se iniciar a fase do processo, que começa na denúncia.

Se o processo começar, ou seja, se o Promotor denunciar Murray (o que acho difícil), começará um processo, que pode ser longo e no qual serão feitas audiências, ouvidas testemunhas, feito perícias, etc.)

De tudo, uma coisa é certa: essa história do inquérito e do processo está longe do desfecho. Por isso, não se alarmem com as notícias. Elas não significam, nessa fase, literalmente nada.

Agora, darei uma versão desse inquérito, se a coisa fosse séria: se, de fato, Michael tivesse morrido:

1 – a família teria contratado um advogado para acompanhar as investigações e tentar encerrar o inquérito o mais rápido possível.

2 – esse inquérito não existiria mais há muito tempo, já teria se transformado no processo, porque haveria prova da morte (que não há, porque a certidão está com nome falso), prova da autoria do crime (confissão de Murray).

3 – Murray estaria respondendo ao processo, na condição de réu, pelo menos há uns quatro meses, não menos que isso.

4 – a condenação de Murray, se ainda não tivesse saído, estaria muito próxima.

5 – dificilmente se cogitaria na liberdade de Murray, porque ele já demonstrou facilidade para fugir, quando sumiu no dia da “morte”.

Meu recado: não se preocupem com esse inquérito. Ele não é sério. Mas pensem o seguinte: os fãs têm pressionado a polícia. Eles já, inclusive, criaram um setor específico para atendimento à imprensa em seu site, só para esse assunto. Os fãs têm ido à delegacia, têm telefonado pra lá, então, alguma satisfação tem que ser dada.

Na minha opinião, essas notícias todas que têm saído têm essa motivação. Mas, lembrem-se, não são sérias. Até agora, de tudo o que vejo, não há intenção nenhuma de se condenar Murray.

fonte: neverland.ativoforum.com by sweet michael

0 Comments:

Post a Comment