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13 de jan. de 2010




O médico envolvido na morte de Michael Jackson vai ser condenado a quatro anos de cadeia. Pelo menos é isso que deixa indicar o último relato da Associated Press no que diz respeito ao Dr. Conrad Murray. Segundo fontes localizadas dentro da investigação policial, a agência noticiosa americana refere que a acusação vai qualificar as acções de Conrad Murray como negligentes na forma mais agravada.
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Michael Jackson morreu em Junho de 2009 de paragem cardíaca, um acontecimento sísmico na cultura popular que quase provocou a queda da rede americana da Internet. A ideia de negligência, ou seja, de que a morte do cantor resultou em parte do comportamento e das escolhas feitas por quem tinha o dever de cuidar dele, entra na categoria penal de homicídio não premeditado, com penas de cadeia que podem ir aos quatro anos.
Processo em preparação há sete meses

Há sete meses que a provedoria de Los Angeles prepara o caso mais mediático do ano. Conrad Murray recusou-se a assinar a certidão de óbito, apesar de ser o médico residente na mansão que Michael Jackson mantinha na cidade. Jackson estava a viver temporariamente em Los Angeles enquanto se preparava para regressar aos palcos, com uma série de concertos em Londres. Deixou para trás filhos órfãos e um legado artístico que tem sido disputado por várias multinacionais e familiares.

Julga-se que, havendo julgamento e não um acordo de compromisso entre as partes, a acusação estatal venha a pedir a pena máxima dada a falta de cooperação por parte do médico em tudo que está relacionado com a investigação. Com o tempo que o dossiê legal levou a alinhar, prevê-se que o condado de Los Angeles tenha provas suficientes para levar o médico a aceitar, logo à partida, alguma culpa na tragédia, tão estranho foi o seu comportamento na presença da equipa médica de emergência que, quando chamada ao local, tentou reanimar o cantor.
Conrad Murray ouve o testemunho do seu advogado durante uma das audiências de preparação do processo judicial que o condado de Los Angeles lhe está a mover
Conrad Murray ouve o testemunho do seu advogado durante uma das audiências de preparação do processo judicial que o condado de Los Angeles lhe está a mover
Isaac Brekken/AP

A acusação terá de provar que Conrad Murray contribuiu decisivamente para a morte, algo que vai ser estabelecido apenas se a acusação conseguir ligar com causalidade do colapso final de Michael Jackson às doses excessivas do poderoso Propofol que o cantor usava para se anestesiar. Como foram conseguidas as receitas médicas? Quem administrava as doses, supostamente frequentes, ao paciente?
Classe médica em cheque

O condado terá de provar ainda que, durante todo este processo, Conrad Murray usou métodos que divergiam largamente dos padrões estabelecidos na profissão.

Acredita-se que o julgamento acabe por ser uma prova difícil para toda a classe médica. A autópsia revelou que a dose fatal de Propofol terá sido injectada por um médico que, segundo testemunho do próprio, só se ausentou durante uns minutos para ir ao quarto de banho.

Registos telefónicos revelaram posteriormente que Conrad Murray se manteve ocupado com variadíssimas chamadas telefónicas durante 47 minutos, uma parcela de tempo que corresponde exactamente ao momento em que Michael Jackson terá começado a perder sinais vitais.
Aparelhos de reanimação inexistentes

As autoridades legais assinalaram também na autópsia que o estado de saúde de Michael Jackson não exigia um medicamento tão potente como Propofol, podendo ler-se nas entrelinhas que o médico vai ser acusado de providenciar drogas em vez de terapia, bom conselho e melhor cuidado.

O relatório das autoridades refere ainda que no quarto em Michael Jackson morreu não havia os necessários aparelhos de reanimação que devem existir por norma em qualquer hospital ou clínica, pública ou privada, onde se use Propofol.

Se Conrad Murray aceitar assumir-se como parte responsável, é possível que a pena seja reduzida para uns quantos meses de cadeia, a que se acrescentará a perda da sua licença profissional.

http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/557351

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